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Atualizado em: 
qua, 11/06/2025 - 17:13

Em entrevista, o superintendente de Relacionamento Comercial e Mercados, Saulo Milhomem, detalha a preparação da  Dataprev no uso de múltiplas tecnologias e ferramentas para agilizar serviços e trazer mais eficiência e produtividade

Superintendente sentado em frente a uma mesa com um laptop aberto O processo de hiperautomação já vem aumentando a eficiência ao reduzir  tarefas manuais de baixo valor agregado, o que torna os ciclos de desenvolvimento e entrega de soluções mais rápidos e com mais produtividade.  Envolve o uso orquestrado de múltiplas tecnologias, ferramentas ou plataformas, incluindo Inteligência Artificial (IA), aprendizado de máquina (machine learning), arquitetura de software orientada a eventos, automação de processos robóticos (RPA), gerenciamento de processos de negócios (BPM) e suítes inteligentes de gerenciamento de processos de negócios (iBPMS), além de plataforma de integração como serviço (iPaaS) e outros tipos de ferramentas de automação de decisão, processo e tarefa.  

Em entrevista, Saulo Milhomem dos Santos, superintendente da Superintendência de Relacionamento Comercial e Mercados da Dataprev, explica como a empresa está aplicando  a hiperautomação.   

Qual foi a origem dos contratos e da incorporação de processos de hiperautomação na Dataprev? 

Desde o final de 2023, começamos a preparar a empresa para demandas que não estivessem necessariamente previstas. Isso se refletiu no planejamento estratégico, na preparação da política comercial, no plano de negócios. Todos os documentos que norteiam a execução da atividade comercial da empresa foram alinhados.  

Em 2024, concluímos dez processos, e a metade deles era voltada, especificamente, para habilitação de infraestrutura e serviços. 

Há uma confluência entre as aquisições de nuvem e de hiperautomação? 

Escutamos muito falar de nuvens e hiperautomação, que são conceitos interligados e que se permeiam nessas contratações. Hoje, temos cinco provedores desses tipos de serviço, dos quais três deles entregam hiperautomação (um é específico para isso). Na prática, temos quatro fornecedores para infraestrutura e três para hiperautomação.

Um dos catálogos oferece mais de 7.500 itens nessas áreas. Conseguimos disponibilizar solução de capacitação para o MDS [Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome] utilizando alguns desses serviços como insumo: habilitamos uma plataforma, customizou-se, integramos com o portal, disponibilizamos os serviços e eles já estão em produção. Esse é um exemplo prático. 

O que a Dataprev espera ganhar em eficiência com a evolução dessa lógica em hiperautomação? 

Para exemplificar, não esperamos refazer o CNIS [Cadastro Nacional de Informações Sociais] ou o CadÚnico numa lógica de hiperautomação. A lógica de hiperautomação está bem focada em entregar soluções que demorariam muito mais tempo para serem construídas, ou em contextos em que não seria a melhor opção construí-las na esteira tradicional da casa e fazer uso de aceleradores.   

Como exemplo: não somos especializados em vender capacitações, não é finalidade da empresa. Porém, para operacionalizar o CadÚnico, algo estratégico para nós e intrínseco à finalidade da Dataprev, precisávamos de um serviço robusto de capacitação que pudesse ser integrado às soluções tradicionais e permitisse o atendimento de todos os requisitos da política pública. 

Portanto, combinamos o desenvolvimento interno para fazer o portal, as regras de validações com a habilitação de uma ferramenta pré-construída disponível em um dos serviços de nuvem. Por fim, desenvolvemos o conteúdo juntamente com o cliente para colocarmos o serviço inteiro em produção e, que, hoje, atende a 100% do público-alvo - com o mesmo custo  que o cliente tinha anteriormente, quando alcançava apenas metade do público. É para esse tipo de desafio que habilitamos essas ferramentas; isso vale tanto para nuvem quanto para hiperautomação. 

Isso também pode oferecer ganhos de modernização para a administração pública? 

Existem alguns resultados no Plano de Ação muito voltados para atacarmos novas linhas de negócios, e outros para a área da administração pública. Na nossa própria empresa podemos notar: desde a revitalização do Protheus [sistema de apoio à gestão] e adoção de ferramentas como o Fluig  [sistema que configura e automatiza processos], houve muitos avanços, mas, até pouco tempo, fazíamos um pedido de reembolso por e-mail. E essa realidade não é tão diferente nos outros órgãos.  

Nossa ideia é começar a entregar serviços que possam ser vistos pelo governo como opções de modernização e otimização da utilização de suas capacidades humanas. Vou citar alguns exemplos: a gestão de pessoas, as contratações, o planejamento de execução orçamentária. Na gestão de equipamentos e na gestão de ativos, temas críticos para a Dataprev, já estamos utilizando esse ferramental que, com as novas etapas de expansão do uso, permitirão otimizar a gestão dos data centers, das licenças e certificados, atualização do CMDB [repositório de informações sobre sistemas] e da gestão de tíquete, etc. 

Todo o ferramental que suporta essas operações já foi habilitado, e estamos montamos propostas nos temas citados para que o governo também tenha condição de evoluir na sua gestão e otimizar a sua capacidade, tendo ganhos de performance. 

Dessa forma, o ingresso no processo de hiperautomação se desenvolve dentro de um plano estratégico... 

Exato. Os módulos de automação são conceitualmente um conjunto de disciplinas que estão sob um guarda-chuva. Quais são as disciplinas que compõem a torre de soluções para gestão de pessoas? Como tratar entrada de pessoal, capacitação, o registro de ponto, pedido de férias, licença médica, enfim, uma série de disciplinas que, quando habilitamos o módulo de gestão de pessoas (neste caso, temos a possibilidade de usar dois), conseguimos, de fato, atender a essas tarefas com pouca implementação.

E essa estratégia já tem algum tempo. Construímos uma plataforma de atendimento, de gestão de serviço, unidades e profissionais, chamada UNA e que  está implantada em cerca de dez clientes e sendo integrada a outros serviços para habilitar capacidades relevantes como a comunicação com o cidadão, sem que haja necessidade de todo um investimento e tempo para desenvolvimento desses módulos.  

Começamos por uma plataforma que não foi desenvolvida para um cliente específico, configuramos e hoje está em uso no Ministério do Trabalho e Emprego. Portanto, a mesma plataforma que a Força Aérea Brasileira utiliza, atende também ao Ministério das Mulheres e há uma instância disponibilizada para o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) que também já está em uso. 

A ideia, então, é criar soluções – que chamamos de White Label – que possam ser reaproveitáveis e que entreguem resultados para o cliente rapidamente. Esse é o tipo de resultado que esperamos dessas contratações de hiperautomação.