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Atualizado em: 
qua, 15/03/2023 - 16:33

Atividades especiais em comemoração ao Dia Internacional da Mulher se estendem durante todo o mês de março

 

Na Dataprev, este mês de março é dedicado à reflexão do papel da mulher na alta gestão corporativa. Para tanto, palestras, webinares e rodas de conversa estão sendo realizadas a fim de transmitir ao corpo funcional os benefícios e, ao mesmo tempo, as dificuldades de alçar (e manter) as mulheres nestes cargos. Desde o dia 8 de março, foram realizados dois encontros virtuais sobre o tema.

Nesta terça-feira (14), o debate foi sobre quebra de barreiras e abertura de portas. A educadora, com especialização em disciplinas comportamentais voltadas à educação corporativa, Allessandra Canuto, da HSM, conduziu o debate com moderação das analistas Carla Araujo e Carla Neves, da Divisão de Gestão de Treinamento e Desenvolvimento (DIGT). O encontro explorou temas como: sororidade (sentimento de irmandade, empatia, solidariedade e companheirismo entre mulheres), contexto atual das mulheres no mercado do trabalho, perspectivas e liderança.

Já na semana passada, o corpo funcional da empresa teve a oportunidade de refletir acerca do papel e da importância de líderes femininas no mercado de trabalho, como forma de enfrentar as desigualdades, em todos os seus aspectos. A convidada para o debate foi a mestre em políticas públicas e coordenadora de projetos de Direitos Humanos no Instituto Ethos de Responsabilidade Social, Scarlett Rodrigues.

Durante o encontro virtual com o Instituto Ethos, a diretora de Governança Corporativa e Jurídica (DGJ), Isabel Machado, comentou sobre a discriminação por gênero, do feminicídio, de legislações antigas, da diferença salarial, e da resistência de pessoas a liderança feminina. Ao mesmo tempo em que ressaltou os avanços internos, como 28% de mulheres em posição de decisão, falou do programa da empresa que visa aumentar este percentual, na tentativa de alcançar a verdadeira equidade e igualdade. Para ela, a pauta de respeito a todos está cada vez mais consolidada na empresa.

“Mulheres na liderança: quebrando barreiras e abrindo portas”

Por meio de um bate-papo descontraído, estimulando e provocando a participação e a reflexão, Allessandra começou sua exposição perguntando às mulheres os seus pedidos. As respostas seguiram a linha de combate às desigualdades e do respeito e da ajuda entre as mulheres, passando por necessidade de mais redes de apoio, dentro e fora da empresa.

As respostas à provocação reforçaram a necessidade da empresa em abordar o assunto. Pois tal demanda já havia sido identificada em fevereiro, por meio de uma pesquisa aplicada internamente e que subsidiou os assuntos a serem debatidos no Mês da Mulher.

Com base em estudos do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a palestrante informou que a expectativa é de que até o ano de 2030 a participação feminina no mercado de trabalho deve crescer mais que a masculina. “Essa tendência se dá pelas mudanças culturais qual tem se observado como, por exemplo, elevado número de mulheres matriculadas em cursos de graduação, especialização, profissionalizantes e afins”, afirmou.

Ela disse ainda que, no cenário nacional, o que se observa é que quando o tema é liderança apenas 3% de mulheres ocupam tais posições. Ela também apresentou dados internos mostrando que na empresa de tecnologia do Governo Federal, onde o ingresso se dá via concurso público, 28% do quadro é composto por mulheres. Quando se trata de empregados com função, 27% são ocupados por elas. E 51% delas possui mais de 30 anos de Casa.

Os diferentes papeis que uma mulher representa também foram lembrados. Afinal, é impossível falar sobre a presença feminina no mercado de trabalho, em posições de liderança, sem abordar o seu papel na família e na sociedade. Nesse sentido, a palestrante falou sobre sobrecarga e limites e a relação que esses fatores têm na autoconfiança; citou aspectos relacionados à maternidade, juntamente com a necessidade de apoio dentro e fora da empresa.

E os debates não param por aqui. Ainda nesta semana um webinar vai falar sobre o protagonismo feminino em um programa do Estado de Goiás. Já na semana que vem, uma roda de conversa encerra as atividades do mês, mas não esgota o debate dentro da Casa. A empresa possui um Programa de Incentivo ao Desenvolvimento de Lideranças Femininas, que prevê outras atividades ao longo do ano.

Como a liderança pode ser estratégica no enfrentamento das desigualdades?  

Para Scarlett Rodrigues, quando se fala de liderança como forma de combater desigualdade, se refere a mulheres diversas ocupando espaços estratégicos para construir práticas e políticas para si. “Se não pensarmos assim, dificilmente as pessoas que estão no poder nos representarão tão bem quanto a gente”. E completa: “precisamos de uma mudança de cenário para combater este contexto tão severo e cruel, que é histórico em nosso país. 

A especialista apresentou conceitos e dados, contextualizou, provocou reflexão e sugeriu análises. Com uma linha do tempo, mostrou as conquistas históricas, como a “permissão” para que as meninas passassem a frequentar a escola, em 1827; os direitos com a Constituição de 1988 e seus reflexos no século XXI, com mais políticas públicas voltadas para a garantia de direito e para o combate a violência contra a mulher.

Mesmo assim o Brasil ainda é um dos países mais desiguais do mundo. Ocupa a 94ª colocação, de 146 nações, dentro de um contexto do Fórum Econômico Mundial de 2022 que versa sobre igualdade e desigualdade de gênero no mundo – o que o coloca como um dos piores índices da América Latina e do Caribe.  

“Considerando o mundo, no que se refere ao mercado de trabalho, vamos levar 132 anos até alcançar a igualdade de gênero. Por isso, falamos de lideranças como forma de combater desigualdades. Elas são fundamentais para reduzir este tempo de disparidade”, declarou. 

Como as corporações ocupam um grande espaço de poder e de influência econômica, política e institucional acabam sendo um espaço fundamental para contribuir com a transformação deste cenário. “Um caminho importante para combater a desigualdade é por meio do trabalho. Por meio da geração de oportunidade, reduzimos a violência e as diferenças. Precisamos de mais mulheres em espaços de tomada de decisão para puxar outras e levar nossa voz”, assegurou.