Solução, que faz parte da plataforma UNA, vai permitir a integração de dados para garantir agilidade na criação de políticas públicas para as mulheres
Durante evento realizado nesta segunda-feira (9), em Brasília, a Dataprev e o Ministério das Mulheres (MMulheres) lançaram o Sistema Nacional de Dados das Casas da Mulher Brasileira (CMB). A ferramenta é responsável por coletar e organizar, de maneira padronizada e estruturada, os dados referentes aos atendimentos realizados nas Casas em todo o país. A CMB é um centro de atendimento multidisciplinar que integra no mesmo espaço diversos serviços especializados para atender mulheres em situação de violência.
O lançamento do sistema contou com a presença da ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, do presidente da Dataprev, Rodrigo Assumpção, e da reitora da Universidade de Brasília (UNB), Rozana Reigota Naves, que anunciou o concurso para o Projeto das Casas da Mulher Indígena, outra iniciativa do Ministério das Mulheres.
O presidente da Dataprev, Rodrigo Assumpção, explicou que o Ministério das Mulheres, por meio do Sistema Nacional de Dados das Casa da Mulher Brasileira, passa a fazer parte da Plataforma Unificada de Atendimento UNA, solução da empresa no formato multiplataforma preparada para atender a diferentes clientes com a mesma estrutura de serviços.
“Nós acreditamos que informações e dados são importantes para enfrentar qualquer política pública, principalmente uma política tão necessária e sensível como a das mulheres. O sistema vai permitir essa análise, mas também acelerar e expandir a cobertura do Ministério em todo o país. Essa plataforma fornecerá a possibilidade de análise e interpretação da realidade e isso traz agilidade, maior cobertura e atendimento”, enfatizou Assumpção.
A Ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, explicou que os dados relacionados às mulheres estão atualmente separados em vários órgãos, e que é necessária uma integração para garantir a qualidade de políticas públicas. “Sem dados, não temos informações. E sem informações, a criação de políticas públicas enfrenta desafios. Para nós, é fundamental a consolidação da CMB como uma grande política contra a violência das mulheres. Esse sistema permitirá a orientação, no aspecto orçamentário e estratégico, para consolidar essa política de enfrentamento”, destacou.
Após a mesa de abertura, a analista de Relacionamento Comercial da Dataprev (DERC) e responsável pelo atendimento ao Ministério das Mulheres, Renata de Souza Luis, apresentou a primeira versão do sistema. “A plataforma de dados vai oferecer uma melhor organização das informações da CMB e garantir a redução da exposição das mulheres em situação de violência, já que a integração e organização de dados garantem uma maior privacidade. O sistema também permitirá a geração de relatórios para tomadas de decisão, principalmente para a análise das demandas regionais, contribuindo para a implementação de ações mais eficientes e direcionadas”, destacou.
Durante o evento, representantes das Casas da Mulher Brasileira de São Luís, no Maranhão, e de Teresina, no Piauí, assinaram um termo de adesão da fase piloto do sistema, que terá o monitoramento com presença da equipe técnica da Dataprev.
A coordenadora-geral de Prevenção à Violência contra Mulheres do Ministério, Simone Cristina Souza, destacou que o objetivo da parceria é garantir agilidade e prevenção à revitimização, além da coleta de dados padronizada e uma melhor gestão e planejamento.
A Secretária Nacional de Enfrentamento à Violência contra Mulheres, Denise Motta Nau, relembrou que, para o Ministério das Mulheres, “a solução da Dataprev será uma ferramenta estratégica para melhorar a gestão dos atendimentos presenciais e a organização dos serviços oferecidos, garantindo maior eficiência e qualidade, desde o registro até a criação de políticas públicas”.
Lançamento do Concurso do Projeto da Casa da Mulher Indígena
Uma parceria com LAB Mulheres, Arquitetura e Territórios (LAB_M.A.T), da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Brasília (FAU-UnB), também foi celebrada durante o evento. Ela tem como objetivo elaborar diretrizes arquitetônicas para a Casa da Mulher Indígena (CAMI).
O espaço vai oferecer acolhimento e apoio às mulheres indígenas, além de valorizar as práticas culturais e os saberes tradicionais de suas comunidades.
A reitora da UnB, Rozana Reigota Naves, destacou que a UnB possui a tradição de um trabalho dedicado aos povos indígenas, principalmente em relação à equidade e direito dos povos. O termo que assinamos aqui teve apoio de outras instâncias administrativas, pois acreditamos na força desse projeto para mitigar a vulnerabilidade das mulheres indígenas promovendo autonomia”, disse.
Durante essa parte do evento, houve uma apresentação da diretora de Proteção e Direitos, Patrícia Rodrigues da Silva, sobre o projeto da Casa da Mulher Indígena.
Parceria com o Ministério das Mulheres
A atuação da Dataprev na criação da solução do Sistema Nacional de Dados da Casa da Mulher Brasileira faz parte de um contrato entre a empresa e o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), que prevê o atendimento a vários órgãos do Estado. Em março, a Dataprev firmou uma parceria tecnológica para desenvolver soluções destinadas ao acompanhamento e monitoramento de políticas públicas do Governo Federal para as mulheres. Entre eles estão o sistema de dados para o programa Casa da Mulher Brasileira, o Serviço de Atendimento à Mulher (Ligue 180) e o Observatório Brasil de Igualdade de Gênero (OBIG).
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